O programa deste concerto é composto por obras para a formação de quinteto pierrot, do modernismo aos nossos dias.Começando por uma transcrição do belga Tim Mulleman da obra orquestral Prélude à l’après midi d’un faune, que Claude Debussy [1862-1918] escreveu em 1894, o programa inclui ainda uma obra incontornável do repertório para quinteto pierrot – a singularíssima Talea [1982], de Gérard Grisey [1946 - 1998]. Seguem-se duas obras recentemente compostas para o ars ad hoc: a primeira é Shattered Shivers [2025], do alemão Andreas Bäuml, que surge na sequência de um desafio lançado ao compositor no Verão passado. De Pedro Berardinelli [Viseu, 1985], compositor português residente em Viena, será interpretada uma obra bastante articulada e enérgica resultante de co-encomenda do Ensemble Platypus e da Arte no Tempo, que estreou em Serralves em Fevereiro último.
PROGRAMA
Claude Debussy (arr. Tim Mulleman)
Prélude à l’après midi d’un faune [1894] ca 10′
Andreas Bäuml (1991)
Shattered Shivers [2025] ca 11′
Pedro Berardinelli (1985)
a [2024] ca 9′
Gerard Grisey (1946-1998)
Talea [1982] ca 18’
ARTISTAS
Ricardo Carvalho, flautas
Horácio Ferreira, clarinetes
Diogo Coelho, violino
Gonçalo Lélis, violoncelo
João Casimiro Almeida, piano
Diana Ferreira, programação | Arte no Tempo, produção
A Arte no Tempo é uma estrutura financiada pela República Portuguesa – Cultura / Direcção Geral das Artes. O ars ad hoc beneficia de um apoio do Banco BPI | Fundação “la Caixa”.
Surgido em 2018, no contexto da Arte no Tempo (AnT), o ars ad hoc é um projecto orientado para a criação e divulgação da grande música de câmara. A partir de 2021, a música contemporânea assumiu maior proeminência no trabalho regular do grupo que, desde então, tem vindo a desenvolver as suas residências artísticas e concertos regulares na Fundação de Serralves, para além de outras apresentações em que combina a interpretação de música contemporânea com obras do grande repertório clássico / romântico.
Com programação de Diana Ferreira, o ars ad hoc é formado por músicos que, depois de se terem notabilizado em Portugal, complementaram os seus estudos no estrangeiro e apresenta, actualmente, uma temporada com 3 programas de nova música na Fundação de Serralves (Porto), à qual se acrescenta a participação nas bienais da Arte no Tempo (no Teatro Aveirense) e em diferentes festivais nacionais, bem como a apresentação de programas ‘clássicos vs contemporâneos’ em diferentes localidades, com o apoio do Banco BPI | Fundação “la Caixa”, e a realização de audições comentadas para escolas do ensino regular, na região de Aveiro, no âmbito do programa ‘crescer com a música’, da AnT.
O ars ad hoc foca boa parte da sua actividade na interpretação de nova música para diferentes formações, com e sem electrónica, interpretando e estreando, com regularidade, obras de compositores nacionais e estrangeiros, trabalhando sempre que possível em contacto directo com os criadores que, por vezes, escrevem música propositadamente para este agrupamento.
Ricardo Carvalho (flauta) | Horácio Ferreira (clarinete) | Matilde Loureiro e Diogo Coelho (violino) | Ricardo Gaspar e Francisco Lourenço (viola) | Gonçalo Lélis (violoncelo)